Para retomar o tema do artigo anterior, vamos falar da importância que a comunicação tem na hora de definir e disseminar um programa de “compliance” dentro da organização e, assim, abrir caminho para que a empresa não enfrente problemas com a Justiça no futuro.
Como o foco do artigo é a comunicação, vamos imaginar que o programa de “compliance” já tenha sido implantado, com todas suas diretrizes definidas e apoiadas pela diretoria. A partir daí, é essencial comunicar e treinar os funcionários para que eles entendam o programa e ajam de acordo com ele.
Nesse quesito, além de criar materiais de apoio, como cartilhas e conteúdo para disseminar o tema por todos os canais da empresa, é fundamental criar um programa de comunicação direta entre a diretoria e os funcionários, principalmente para aqueles que estejam mais próximos aos objetivos do programa de “compliance”.
Dentro desse pacote, podemos citar conferências e encontros com líderes e colaboradores, além de outras ferramentas. O importante é abrir um canal entre as duas partes envolvidas, para que a postura adotada pela diretoria seja transmitida aos demais colaboradores. Os comportamentos devem ser todos unificados.
Por outro lado, a comunicação também deve abrir espaço para o “feedback” dos colaboradores. Crie um canal para que todos os colaboradores possam tirar dúvidas, fazer críticas ou sugestões diretamente com a área responsável pelo programa de “compliance”. É necessário, também, abrir espaço para receber denúncias contra violações e/ou identificação de problemas no programa.
Resumidamente, podemos dizer que a comunicação tem fundamental importância para divulgar o programa de “compliance” da empresa e, ao mesmo tempo, abrir espaço para que todos os funcionários possam participar ativamente dele, resultando em um maior engajamento dentro da companhia e mostrando, caso a empresa passe por algum problema com a Justiça, que ela trabalha arduamente para implantar mecanismos que evitem uma conduta inapropriada de seus colaboradores.