Embora a comunicação na América do Norte seja feita em uma realidade um pouco diferente da nossa, é muito interessante acompanhar as práticas que são realizadas naquele continente. O North American Communication Monitor 2018-2019 (NACM), estudo realizado pelo The Plank Center for Leadership in Public Relations com 1.020 profissionais da área, é uma ótima fonte para analisarmos as questões estratégicas de comunicação no Canadá e nos Estados Unidos e compararmos com nossa realidade.
O estudo aponta que 62,4% das organizações têm um líder de comunicação no Conselho Executivo. Essa aproximação entre a área e os tomadores de decisão da empresa é essencial para a valorização da comunicação. Como resultado disso, 71% dos profissionais norte-americanos acreditam que os líderes de suas organizações entendem o valor da comunicação.
Quando olhamos para o contexto latino-americano, os resultados mudam. De acordo com a pesquisa Latin American Communication Monitor (LCM), o alinhamento entre a comunicação e a alta liderança é forte em apenas 35,5% dos departamentos excelentes. Como consequência, apenas 55,8% dos profissionais responderam que os líderes de suas organizações valorizam a comunicação.
Em relação às principais questões estratégicas, na América do Norte destaca-se a construção de confiança, seguida da adaptação à evolução digital, que, na América Latina, é considerada o tema mais relevante para a comunicação. Isso está extremamente interligado com o contexto social em que as duas regiões estão inseridas, considerando que os avanços tecnológicos dos países do norte seguem à frente dos países latino-americanos. Nós ainda estamos nos adaptando aos novos canais e ferramentas, enquanto eles já pensam em estratégia de uma forma mais ampla.
Como similaridade, ambos os estudos mostram que mais de 60% dos entrevistados concordam que o fornecimento de informações para apoiar a tomada de decisão dos executivos contribui para o reconhecimento da comunicação. Isso significa que é preciso insistir na aproximação com a alta liderança, pelo bem da área e da própria empresa.
Leia as principais reflexões sobre a pesquisa LCM aqui.
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