Percepções dos jovens em relação às organizações pioram

Percepções dos jovens em relação às organizações pioram

A pesquisa Global Millennial & Gen Z, da empresa de consultoria Deloitte, sugere que a pandemia e outros eventos recentes, como alterações climáticas e tensão sócio-política em alguns países, reforçou ainda mais as paixões dos jovens e os incentivou a promover mudanças positivas no mundo. Isso influenciou, também, suas percepções em relação às organizações, principalmente no quesito social e no relacionamento com os empregados.

As pautas prioritárias para esses jovens, no momento, são duas: saúde e clima. Porém, a preocupação com o desemprego também teve um crescimento relevante no último ano, e o racismo ganhou uma atenção especial. De acordo com a pesquisa, 58% acreditam que o racismo sistêmico está presente na sociedade em geral, 46% nos negócios e 36% no ambiente de trabalho. Portanto, esse comportamento é bem presente nas organizações, mas apenas 18% dos respondentes acreditam que as empresas estão se esforçando para mudar essa realidade.

Além da forma com que as organizações se comportam perante a questões sociais e ambientais, os jovens também se atentam à forma com que elas se preocupam com os próprios empregados. Dentre os respondentes, apenas 36% falam abertamente sobre o estresse que eles sentem com seus líderes e somente quatro entre dez concordam com a afirmação “meu empregador age para apoiar o meu bem-estar”.

Por esses e outros motivos, a porcentagem de millennials que enxergam as empresas como uma “força do bem” está caindo. Neste ano, apenas 47% disseram acreditar que elas têm um impacto positivo na sociedade, sendo que, em 2019, eram 55%. E, como a escolha dos jovens por um emprego é feita com base em suas crenças e ética pessoais, sua lealdade ao atual trabalho também está sendo afetada. Se as organizações querem reter seus talentos, é preciso que elas comecem a mudar alguns comportamentos, principalmente os relacionados a esse público.

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