Passou a época em que a opinião dos funcionários sobre a empresa para a qual trabalham era desconsiderada. Hoje, entender a relação entre empregados e empregador ganhou destaque nas estratégias corporativas. Há vários motivos para essa virada, sendo que dois deles afetam diretamente a produtividade e o rendimento da empresa: redução do turnover e retenção de talentos.
Atentos a essa questão, pesquisas internas têm se tornado prática cada vez mais frequente. Porém, alguns métodos aplicados perdem sua veracidade quando, principalmente, não primam pelo sigilo de seus entrevistados.
Não faltam relatos de pessoas que foram praticamente obrigadas a responder questionários, com a falsa garantia de que a identidade de todos seria preservada. Resultado: a intimidação estimula respostas falsas – erro comum de uma pesquisa, que deve ser evitado a todo custo para garantir a sua qualidade.
Outro equívoco também pode colocar um estudo em xeque. Segundo o especialista de Pesquisa de Mercado, João Ricardo Nobre Matta, professor da Fundação Getúlio Vargas, isso ocorre quando a definição do problema ganha muita amplitude, dificultando o foco, ou quando é estreita demais, forçando a abrir mão de outras questões essenciais.
Moral da história: atentar-se cuidadosamente à metodologia é fundamental para uma pesquisa fazer jus à sua função, que é levantar dados para nortear decisões estratégicas, seja na gestão de pessoas e/ou nos negócios da empresa.
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