Na semana passada, a renomada consultora Betania Tanure escreveu um artigo muito interessante no Valor (para assinantes). Ela tratou da mudança de atitudes e do fenômeno, batizado por ela, de “desculpas verdadeiras”.
Segundo a autora, há um comportamento enraizado na cultura empresarial brasileira de que a culpa por qualquer falha ou resultado abaixo do esperado é sempre de algum fator externo, fora do controle da pessoa – que sempre acredita ter feito tudo o que era possível para atingir a meta esperada.
Em determinado trecho do artigo, ela indica o melhor caminho para lidar com o conselho de administração da empresa, visto, muitas vezes, como aquele que “tem vida própria” ou que “não entende a empresa”: “Forneça a eles as informações necessárias, crie novas estratégias para levá-los a outro patamar, visando inclusive o desenvolvimento deles”.
Isso nos remete à área de comunicação das empresas, que é sempre uma das primeiras a sofrer com crises econômicas. A maioria das organizações coloca o setor na coluna de “custos”, e não na de “investimentos”, não dando o devido valor a uma área tão importante da empresa. Isso se traduz em cortes, deixando o profissional de comunicação com muita dificuldade de concretizar os objetivos do ano.
Mas, com base no artigo da especialista, fica uma reflexão: será que nós, da comunicação, estamos fazendo o suficiente para alterar esse cenário?
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