Estar presente ou não nas redes sociais?

Estar presente ou não nas redes sociais?

Criar uma estratégia de comunicação para empresas sem contemplar as redes sociais soa estranho nos dias de hoje. Com todo mundo conectado, muitos consideram imprescindível a presença no Facebook, Twitter e Linkedin. Mas será que isso é verdade? Convido você, leitor, a participar desta reflexão.

Há cada vez mais evidências, constatadas em pesquisas, de que as atividades nas redes sociais estão relacionadas à melhora nas vendas de produtos e serviços. Porém, Nigel Hollis, autor do livro The Global Brand e vice-presidente executivo e analista-chefe global da consultoria de branding Millward Brown, sugere que esse resultado não seja alcançado via redes sociais. “A maioria das pessoas segue ou gosta de marcas com as quais já têm alguma afinidade”, escreve ele em seu blog.

Ou seja, se ela segue a empresa é porque já a conhece e, possivelmente, já compra seus produtos/serviços. Portanto, a melhora nos resultados não seria, necessariamente, fruto das redes sociais.

Hollis também acredita que as redes sociais são apenas mais um canal de comunicação e, como qualquer outro, precisa ser útil para o cumprimento da estratégia de comunicação da empresa. Caso contrário, deve ser deixada de lado – talvez, isso seja melhor do que gastar tempo e parte do orçamento com uma ferramenta que não produz resultados.

Em contrapartida, o State of the Media: the Social Media Report 2012, publicado pela Nielsen, mostra outro ponto de vista, bastante positivo para quem acredita que as redes sociais são essenciais. De acordo com o levantamento da empresa, as mídias sociais mudaram a maneira como os consumidores tomam decisões, que são dirigidas por opiniões, gostos e preferências de um grupo de amigos e influenciadores.

Números são apresentados para confirmar essa tese: de acordo com a pesquisa, 70% dos usuários escutam as experiências pelas quais os outros passaram. Ao mesmo tempo, 50% deles reclamam dos produtos/serviços que não agradam. Ou seja: de acordo com os números da Nielsen, é fundamental estar nas redes, para saber, inclusive, o que estão falando da marca.

Como se percebe, a resposta para a pergunta feita pelo título deste artigo permanece nebulosa. Há bons argumentos para estar nas redes sociais e, também, para não estar. Mas, se a empresa escolhe entrar para esse mundo, ela deve ter uma boa estratégia – ou será apedrejada em praça pública virtual. No artigo da próxima semana, falaremos um pouco sobre esse tema. Até lá!

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