Para que a comunicação interna possa exercer seu papel com excelência, ela precisa ter o aval da alta direção da organização. Mas qual seria o segredo para conquistar tal confiança?
Já escrevemos aqui no Stella Blog sobre como é possível conquistar a confiança da direção, mas, mesmo assim, o desafio é muito grande.
Para auxiliar um pouco mais na busca desse aval, citamos uma pesquisa realizada para a tese de doutorado da professora Maria Aparecida Ferrari, da Universidade de São Paulo (USP). Ela chegou a uma conclusão bastante interessante sobre quais tipos de empresas costumam abrir mais espaço para o setor de comunicação.
Segundo a pesquisa, que foi feita por meio de 70 entrevistas com profissionais de 35 empresas brasileiras e chilenas, as organizações que atuam em contextos mais vulneráveis (como empresas da área de tecnologia) adotam modelos mais sofisticados de prática de relações públicas, com o empoderamento do profissional e a participação do comunicador nas decisões estratégicas das empresas, exercendo, com isso, a função de estrategista.
Em contrapartida, nas organizações presentes em contextos menos vulneráveis (siderúrgicas, por exemplo), os modelos adotados eram mais antigos, com a centralização na tomada das decisões, o respeito a uma hierarquia rígida, etc. Dessa forma, o profissional de relações públicas tinha uma atuação mais técnica e tática.
Com essa pesquisa, ao menos, já é possível saber qual tipo de empresa costuma dar mais espaço para a comunicação e, dessa forma, traçar um cenário mais realista.
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