A credibilidade dos CEOs vem caindo ao longo dos anos, aponta a 17ª edição da pesquisa Edelman Trust Barometer 2017, realizada anualmente pela Edelman Intelligence com 33 mil pessoas em 28 países. O Brasil teve a segunda maior queda, de 18 pontos, só perdendo para Hong Kong (19 pontos). Os dados revelam o menor nível de confiança de todos os tempos.
Como importante embaixador da marca/empresa entre os funcionários, os líderes acabam afetando também a confiança das instituições privadas, por causa da sua forte imagem associada à corporação. De acordo com esse estudo, no Brasil, pessoas comuns (ou seus pares) têm mais credibilidade (78%) do que especialistas técnicos (67%) ou acadêmicos (65%) e em relação aos CEOs (48%).
Estimular a comunicação da alta liderança com os funcionários de todos os níveis é essencial para reforçar a confiança. Claro que um CEO se depara com uma agenda complexa e com tempo escasso. Mas vale o esforço para encontrar uma brecha e se dedicar mais a essa tarefa fundamental. E isso é possível!
Um dos métodos mais tradicionais e de baixo custo é patrocinar os chamados “café com o presidente”. Em uma multinacional norte-americana, com mais de 50 unidades espalhadas pelo Brasil, a diretoria da empresa visita periodicamente todas as suas filiais, onde realiza cafés da manhã com os funcionários da operação, explicando a situação do país, o impacto disso nas operações da empresa e o qual cenário é esperado – com abertura para perguntas.
Outra ação com bons resultados é o CEO que atua como “embaixador” da marca junto aos funcionários. Em uma multinacional da área química, o CEO reserva parte da sua agenda a circular pela empresa, conversando com funcionários, perguntando sobre o andamento de projetos e, também, sobre o cotidiano da empresa. O mais interessante desse método é que o líder sabe exatamente o que os funcionários estão produzindo e isso facilita o diálogo.
Essas são algumas ações relativamente simples, com baixo custo, que costumam trazer um retorno efetivo.
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