No início da pandemia, a comunicação interna foi extremamente importante para minimizar os impactos da crise, fornecendo informações confiáveis e conscientização sobre a covid-19 (leia mais aqui). Em geral, as empresas fizeram sua parte em manter os funcionários informados, mas uma pesquisa divulgada pela Aberje sobre “Comunicação Interna na Pandemia”, realizada em junho, com empregados de empresas de portes variados, apontou alguns desafios que ainda devem ser enfrentados.
De acordo com essa pesquisa, 73,1% das pessoas afirmaram que suas empresas estão divulgando as informações que elas gostariam de receber sobre a covid-19. O destaque é para a comunicação interna das grandes empresas, com mais de mil funcionários, que realizaram uma ampla divulgação em todos os seus canais.
Contudo, os entrevistados afirmaram que aqueles que estão em home office ainda recebem mais informações do que aqueles que estão trabalhando presencialmente. Esse é um ponto de atenção, pois, como esses funcionários estão mais expostos a doença, deveriam receber uma comunicação reforçada.
Ainda assim, os resultados da pesquisa mostraram que a comunicação interna cumpriu seu papel nesse primeiro momento da pandemia. Os funcionários já têm conhecimento sobre a doença e não há mais o interesse em receber informações sobre contágio, diagnóstico e dicas de saúde. Agora, a maioria dos entrevistados (56,6%) está curiosa sobre os planos da empresa para a retomada, especialmente nas organizações maiores, com mais de cinco mil funcionários.
Em algumas situações, existe uma relutância da comunicação em abordar esse assunto, pois, mesmo após mais de cinco meses de pandemia, o futuro continua incerto. Muitas empresas ainda estão estruturando o retorno ao escritório e esse plano tem grandes chances de sofrer mudanças ao longo do tempo. Porém, ainda assim, é importante que a comunicação interna seja transparente em relação a cada passo do processo de retorno. Essa é uma forma de reduzir a preocupação e a ansiedade dos funcionários.
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