A nova edição da pesquisa State of the Global Workplace, da consultoria Gallup, mostrou que a taxa global de engajamento caiu 2% entre 2019 e 2020, sendo que esse percentual estava em uma crescente na última década. Esse resultado afeta a produtividade, a inovação e a transformação organizacional, além de custar US$ 8,1 trilhões para a economia global, segundo a consultoria. E os dados de bem-estar também não são animadores, pois emoções negativas, como preocupação, estresse, tristeza e raiva, estão crescendo desde 2009 — e, provavelmente, a pandemia vai piorar esses índices.
De acordo com a Gallup, há cinco elementos que constituem o bem-estar geral: o bem-estar de carreira (gostar do que faz), de comunidade (gostar de onde mora), físico (ter energia), social (ter amizades significativas) e financeiro (saber gerenciar o dinheiro). Portanto, ainda que o funcionário seja engajado, é preciso que ele esteja prosperando na maioria desses elementos para que ele atinja seu melhor nível de produtividade.
A comunicação interna precisa ajudar a fazer com que isso ocorra, mas criar uma cultura organizacional que motiva empregados a se engajarem e prosperarem requer muito mais do que uma política interna. Muitos líderes acreditam que não devem se preocupar com a vida de seus funcionários fora do trabalho, mas isso deveria mudar, afinal, a pesquisa da Gallup aponta que os gerentes são responsáveis por 70% do engajamento da equipe.
A consultoria propõe que os empregadores deem atenção à família, à saúde e ao desenvolvimento de seus funcionários. Por isso, a comunicação precisa, antes de tudo, conscientizar a liderança. É preciso treiná-los para que eles deixem de ser apenas chefes e se tornem, verdadeiramente, líderes, capazes de ter conversas honestas, significativas e prósperas com sua equipe. Apenas assim será possível influenciar positivamente no bem-estar e no engajamento dos empregados.
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