Um artigo publicado na Fundacom, escrito por Martín González Frígole, diretor de Consultoria e Metodologias da ABCOM, traz uma reflexão importante: as organizações passam por mudanças culturais profundas de acordo com o contexto social e global nos quais elas estão inseridas.
Afinal, elas são diretamente afetadas pelas mudanças da sociedade. Para explicar a influência do contexto social nas organizações, o artigo compara o comportamento das empresas em relação a seus colaboradores em diferentes épocas.
O século 20, por exemplo, foi marcado pelo avanço tecnológico e industrial, o que levou as empresas focarem na superprodução e na segmentação mecânica dos processos. Nesse cenário, os colaboradores eram vistos apenas como peças de uma engrenagem. Não havia lideranças (apenas chefias), o trabalho em equipe não era valorizado, a comunicação era unilateral e os treinamentos eram focados em conhecimentos técnico-científicos.
Atualmente, neste começo de século 21, o papel social é incorporado à imagem corporativa, pois há uma demanda externa que pressiona as empresas a comunicarem suas relações com o meio ambiente, a educação e a infância, entre outros temas. Isso faz com que os líderes estejam mais abertos às transformações e com que as organizações motivem e integrem seus colaboradores, a fim de desenvolver sua marca empregadora para atrair talentos. Nesse contexto, todos os membros da organização são envolvidos na comunicação, tornando-a multidirecional.
O público interno é a chave para a construção de uma boa reputação corporativa e, de acordo com o artigo, a tendência é de que ele se torne cada vez mais consciente de seu papel e de seu poder de influência. Por isso, as empresas precisam acompanhar a sociedade para não ficarem para trás e se prejudicarem.
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