Debatida há mais de 10 anos, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi finalmente sancionada em setembro deste ano. Agora, o cidadão é titular de seus dados pessoais, o que significa que ele tem direitos sobre essas informações e pode exigir transparência das empresas em relação à sua coleta, armazenamento e uso (leia mais sobre o assunto aqui). Essa é uma grande mudança e, por isso, de extrema importância que todos entendam seu papel dentro da LGPD. Mas, por que os profissionais de comunicação devem se preocupar com isso?
Primeiramente, é importante entender o contexto. A tecnologia reduziu distâncias, conectou pessoas e facilitou o acesso a uma infinidade de conteúdos e conhecimentos a apenas um clique de distância. Porém, é com essa mesma facilidade que as empresas conseguem ter acesso às informações pessoais.
Daí para a invasão da privacidade é um pulo. O documentário da Netflix “Privacidade Hackeada” chocou muitas pessoas contando a história de como uma empresa de análise de dados (a Cambridge Analytica) teve o poder de influenciar nas eleições presidenciais de 2016 nos Estados Unidos. Esse documentário mostra os riscos da exposição na internet — discussão que a LGPD traz.
Mas, não são apenas as empresas de tecnologia que devem se preocupar com a nova lei. As ações de comunicação, para ter resultados mais eficazes, são pautadas na análise de dados. Os profissionais estudam constantemente essas informações, para entender a percepção de seus públicos e, com isso, planejar ações que irão engajá-los.
Portanto, a partir de agora, todo projeto que a comunicação for implementar deve ser pensado de acordo com a lei, garantindo sua responsabilidade com a transparência. Por isso, é importante estudar o assunto, rever as atividades do dia a dia e, principalmente, ter cuidado com os dados das pessoas.
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