Revista ou folheto com promoções?

Revista ou folheto com promoções?

Sobre o balcão da loja de uma operadora de celular, havia uma publicação. A capa era bacana e tinha como título o nome da empresa, antecedido pela palavra “revista”. Irresistível não pegar para folhear e, com frustração, notar que não havia conteúdo algum: as páginas internas eram mera reprodução de propagandas da empresa.

Ora, se se tratava apenas de um folheto, o que justifica vender o material como “revista”? Esse caso serve de exemplo para ações de marketing mal executadas. Seria imensamente mais atrativo se a empresa tivesse investido em marketing de conteúdo, tema já falado várias vezes neste blog (aqui e aqui) e que mereceu post recente, quando o presidente da Ogilvy & Mather, Miles Young, reforçou a importância dessa modalidade de marketing.

Em vez de apenas propaganda, se essa “revista” tivesse incluído matérias interessantes que fizessem um link com assuntos relacionados ao ramo de negócio, agregasse dicas interessantes aos consumidores, colocasse entrevistas com personagens instigantes, entre outros assuntos, o consumidor levaria, com certeza, a publicação – e a marca da empresa – para casa.

Mesmo com o espaço para conteúdo, é claro que haveria espaço para a propaganda tradicional. Mas, ela estaria diluída entre assuntos atrativos, tornando a publicidade mais palatável. A relação entre a empresa e o que ela quer vender se tornaria mais amigável, prazerosa e, de quebra, ajudaria a aumentar sua reputação entre consumidores – essa é a proposta do content marketing. Diante desse case, só dá para lamentar o investimento em um produto que terá vida curtíssima: seu destino é ir rapidamente para o lixo, junto com toda a verba investida.

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