A consultoria Gallup monitora, periodicamente, a taxa de engajamento e o bem-estar dos empregados desde o ano 2000 e, até 2020, as variações nessa taxa eram lentas e estáveis. Mas, a partir do ano passado, com uma repentina mudança na rotina do trabalho causada pela pandemia de covid-19, observou-se uma “montanha-russa” nesses números.
Até maio, o engajamento continuou subindo, alcançando 38%, mas, em junho, houve um declínio recorde para 31%. Depois, passou para 40%, 36% e, em janeiro de 2021, a taxa chegou a 39% (leia mais aqui).
Essa instabilidade dificulta a elaboração de respostas conclusivas e, consequentemente, a tomada de decisões. Porém, com todos os dados do estudo, a consultoria conseguiu encontrar alguns pontos positivos observados nesse período.
O primeiro é que a quantidade de funcionários que receberam feedback cresceu em 26%. Essa é uma atividade muito importante, pois é crítica para gerar engajamento. Os times híbridos, por exemplo, se mostraram muito mais engajados do que nos anos anteriores.
Ainda assim, como citado em um dos últimos artigos do Stella Blog (leia aqui), os dados de bem-estar geral dos funcionários não são animadores, pois as emoções negativas entre os empregados vêm crescendo desde 2009, o que dificulta o trabalho da comunicação em manter as equipes engajadas. Além disso, o engajamento dos gerentes diminuiu de 34% para 33% e, considerando que eles afetam 70% da variação no engajamento do time, esse dado é extremamente crítico.
Todos, incluindo liderança, funcionários, Recursos Humanos e, claro, Comunicação, estão reaprendendo a lidar com o engajamento na nova realidade de trabalho. Essas experiências estão gerando novos aprendizados e novas necessidades também. Mas, analisando os resultados da Gallup, é possível concluir que é preciso dar atenção ao desenvolvimento e ao bem-estar dos funcionários, criando uma proximidade, ainda que remota, com eles para manter a produtividade das equipes.
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