Especialistas de todo o mundo cansam de repetir que a comunicação deve ser pensada de forma estratégica, atuando em todos os processos da empresa. Mesmo assim, organizações insistem em não escutar esse mantra, deixando de lado a importância desse papel.
A imprensa vem noticiando o caso do Banco Santander e o comentário econômico, que vincula a ascensão da presidente Dilma Rousseff em pesquisas eleitorais à piora do desempenho brasileiro na economia, com alta do dólar e queda da Bolsa.
Embora, pelas notícias publicadas na imprensa, não seja possível afirmar que o setor de comunicação do banco tenha acompanhado ou participado da produção do comunicado, fica claro que o texto, voltado a uma parcela ínfima de correntistas do banco, não foi pensado de forma estratégica.
Afinal, são inúmeros os erros: falar mal de um candidato à Presidência da República em plena época eleitoral já é ruim, mas criticar a atual presidente da República, e candidata à reeleição, é ainda pior – e o pesadelo é muito maior quando, segundo notícias do jornal “Valor Econômico”, parte do comentário é uma cópia de um documento de outra instituição financeira.
É claro que os economistas – assim como todos os demais profissionais de uma empresa – são importantes na elaboração de um comunicado desse tipo, pois são eles que detêm a informação técnica. Mas é a equipe de comunicação que deve pensar quais desdobramentos tal mensagem pode causar, evitando, dessa forma, estragos na imagem e na reputação da empresa.
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