Cultura organizacional em xeque: a distância entre discurso e prática

Falar de cultura organizacional ainda é fundamental. Mas não basta mais. A ideia de uma cultura única e padronizada já não dá conta da complexidade do trabalho atual. Equipes diversas, modelos híbridos e novos perfis exigem outra abordagem, conforme mostram os relatórios “Global Human Capital Trends 2024 e 2025” da Deloitte.

É aí que entram as microculturas: variações legítimas na forma como os valores são vividos em diferentes áreas e times da organização. Reconhecer essa dinâmica não é descartar a cultura institucional, e sim dar a ela um passo de maturidade.

Em 2024, 71% dos líderes consideravam que fortalecer microculturas era algo crítico. Mas só 12% estavam, de fato, fazendo isso. Em 2025, o foco se ampliou para a chamada “performance humana”, que inclui cultura, bem-estar e engajamento. E a estatística piora: só 6% das organizações declaram estar avançando de forma significativa nessa frente.

A pesquisa, conduzida com mais de 14 mil líderes em 95 países, incluindo o Brasil, aponta uma tendência clara: a cultura continua sendo prioridade, mas é também um dos maiores desafios estratégicos das empresas. Mesmo com evidências de que cultura e microculturas fortalecem resultados humanos e de negócio, o abismo entre discurso e prática continua sendo um obstáculo real.

É nesse cenário que a Comunicação Interna assume papel central. Fortalecer cultura e microculturas exige alinhamento, autonomia e coordenação. E só uma comunicação intencional, que informa, engaja e conecta, é capaz de sustentar esse movimento no cotidiano. 

Sem isso, o “coração” da empresa continua sendo só uma promessa.

Acesse a íntegra dos estudos “Global Human Capital Trends” de 2024 e de 2025.

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